sexta-feira, 17 de junho de 2016

Erros em sequência estragam planejamento em ano de sonhos


Torcedores esperavam ano com títulos, mas até agora alguns erros no planejamento estragaram os sonhos alvinegros (foto: Bruno Cantini/divulgação)

No dia 25 de dezembro de 2015 a maioria dos atleticanos olhou para os céus e pediu a Deus, ou a Papai Noel, de presente títulos para a camisa listrada do Galo. O grupo forte montado tinha como meta a Copa Libertadores da América ou até mesmo os títulos nacionais: Copa do Brasil ou Brasileirão. A realidade na metade do ano, porém, é que a sequência de erros transformou os sonhos alvinegros em pesadelos de anos passados.


O Atlético tem hoje um bom elenco. É inegável que o grupo de jogadores do clube é bom. Mas existe uma frase, de uma propaganda de veículos, que cabe muito bem neste momento: “potência não é nada sem controle”.

É claro que o Atlético hoje é um time descontrolado em sua defesa e tem uma das piores defesas do Campeonato Brasileiro. O treinador, embora tenha tido sucesso nos últimos três anos, não consegue colocar em prática aqui o que fez em outras equipes – ressaltando, sobretudo, o Cruzeiro onde tudo se encaixou para os celestes conquistarem dois brasileiros em sequência.

Daí conseguimos chegar ao título deste artigo: “Erros em sequência estraga planejamento em ano de sonhos”.

O primeiro erro, agora mais claro, foi à demissão de Levir Culpi. A chateação pela perda do título em 2015, algo que era um sonho que tentou converter em realidade, ganhou maiores proporções no vareio de bola que o Galo levou do atual comandante da Seleção Brasileira agora.

Aquela derrota talvez tenha sido a gota d’água para os atleticanos sentenciarem: “Adeus, Levir”. Mesmo sabendo que o trabalho foi bem feito, que com o que tinha nas mãos, comandando o que tinha em campo, sem óculos de grau pra olhar para o banco de reservas, o até breve foi dado ao treinador, mesmo dizendo que “ele era um cara legal”.

Talvez os bastidores pudessem ter sido mais bem tratados com os diálogos de Daniel Nepomuceno com um dos auxiliares de Levir.

Mas o treinador se foi e Diego Aguirre chegou. Questionado por muitos, apoiado no início, o treinador se foi sem deixar muitas saudades. Resultados estranhos, a perda do Mineiro e a Copa do Brasil foram ponto chave para a queda do treinador – que até hoje deixa no ar dúvidas se foi demitido ou se pediu pra sair. Mas alguma saudade ele deixou. 

As nostalgias sobre o uruguaio ficaram no sonho de uma defesa melhor. Aquele time não agradava totalmente, seu estilo de jogo às vezes estranho, suas substituições quase sempre equivocadas, seu preparador físico completamente despreparado para o cargo. Tudo isso era claro. Mas a defesa se postava melhor e o time tinha uma cara, um jeito de jogar. E mais: taticamente Aguirre era mil vezes melhor que Marcelo. Na maioria dos treinos na Cidade do Galo seus trabalhos eram ótimos, algo que não é visível em Marcelo Oliveira – apenas finalizações ou treinos técnicos, vez ou outra um tático.

O Atlético de hoje perdeu tudo de Aguirre e não tem mais nada de Levir. O elenco é bom, parte dos problemas de Marcelo já estão resolvidos, com retornos na defesa, com forte contratação para o ataque, entretanto, os mesmo problemas acontecem.


E agora, diretoria, qual caminho tomar?